Observar bichinhos de jardim era uma de minhas atividades preferidas na infância. Formigas, borboletas e caramujos sempre me pareceram ser uma sociedade à parte. E como a gente quando é criança enxerga mais do que quando cresce, aproveitei a inspiração para escrever sobre esse mini-mundo, onde seres insignificantes conversam sobre suas vidas insignificantes. O mais curioso de tudo é que nós, humanos, acabamos nos identificando um bocado com eles...
Um caramujo sonhador e enrolado, uma borboleta patricinha, uma joaninha debochada, uma minhoca (ou melhor, minhoco) ingênuo, um lagarto silenciosamente charmoso e uma flor mal-humorada formam o time principal de personagens que transita por esse jardim imaginário.
Com aproximadamente 8 anos de existência no periódico Tribuna de Petrópolis, os Bichinhos de Jardim completaram em outubro de 2007 1 ano em formato digital. Espero que venham muitos ainda. E que 2008 seja pleno de novas conquistas - e muitas tirinhas e aventuras novas desses bichinhos safados!
Antes e depois
Em janeiro de 2001 os Bichinhos de Jardim ganharam vida na Tribuninha - suplemento infantil da Tribuna de Petrópolis, principal jornal da cidade, situada na região serrana do Rio de Janeiro.
De lá pra cá, muita coisa mudou - desde os roteiros, que ganharam em complexidade e maturidade, enquanto o traço foi simplificado. Essa dicotomia trabalha para o equilíbrio entre a linguagem verbal e visual na obra. Os quadrinhos ficaram menos infantis no conteúdo - mas ainda esteticamente saborosos e lúdicos como objetos imagéticos.
De lá pra cá, muita coisa mudou - desde os roteiros, que ganharam em complexidade e maturidade, enquanto o traço foi simplificado. Essa dicotomia trabalha para o equilíbrio entre a linguagem verbal e visual na obra. Os quadrinhos ficaram menos infantis no conteúdo - mas ainda esteticamente saborosos e lúdicos como objetos imagéticos.
Os personagens, por sua vez, também se modificaram e evoluíram. Brigitte ganhou olhos maiores e as asas diminuíram. Caramelo ficou com o casco menor e um traço mais esguio, o que lhe conferiu maior agilidade e graça. Nos desenhos de cartum, o exagero e a distorção do 'real' são recursos para temperar a expressidade. Normalmente as partes do personagem que mais comunicam são exacerbadas - mas sabemos que, na onda do humor, não há regras fixas. Até porque, regra é sem graça. E o que vale é ser engraçado.
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